Allan Kardec

Allan Kardec

sábado, 3 de janeiro de 2015

Diante do Cristo


  Diante do Cristo encontra-se o homem à frente da luz do mundo.
         Antes dele, embora a ciência de Hermes, a filosofia de Sócrates e a religião de Buda, que lhe foram excelsos mensageiros, a vida no mundo era a absoluta dominação da conquista.
        Tenebrosa noite envolvendo o sentimento, rios de sangue afogando a cerebração...
        Eí-lo, no entanto, que se manifesta no trono da humildade, convidando as Nações à glória da sabedoria e do amor.
        Seu programa divino, a espelhar-se no Evangelho que lhe reúne as boas-novas da salvação, preconiza:
  • a fraternidade ao invés do egoísmo
  • a renúncia edificante em vez da posse inútil, 
  • o perdão em lugar da vingança, 
  • o trabalho com a supressão da inércia, 
  • a liberdade, com o olvido da escravidão, 
  • e o auxílio à felicidade dos outros, como garantia da própria felicidade.
        Defendendo-lhe o código de luz, de Tibério a Diocleciano, milhares e milhares de criaturas sofrem a flagelação e a morte no decurso de quase trezentos anos.
        Além disso, desde a conversão de Constantino, em 312, até a morte de Isaac II, em 1204, do ocidente ao oriente todas as gerações de príncipes e guerreiros senhorearam a casta dos sacerdotes, oprimindo as lições do Senhor.
        E desde a perseguição ordenada por Inocêncio III contra os albigenses, em 1209, até a Revolução Francesa, a casta dos sacerdotes, através de todos os processos da imposição inquisitorial, senhoreou as gerações de príncipes e guerreiros, deturpando os ensinamentos do Divino Enviado.
        Durante quinze séculos sucessivos, os religiosos e os políticos, com justas exceções, empenharam-se... 
  • ao dogmatismo e à violência, 
  • à crueldade e à devassidão, 
  • à vindita e ao banditismo coroado.
        Eis, porém, que, na atualidade, com a evolução do Direito, acalentado ao sol dos princípios_cristãos, culminando na extinção do cativeiro organizado, no seio de todos os povos cultos da Terra, temos no Espiritismo o Cristianismo renascente, concitando-nos, de novo, ao reinado do amor e da sabedoria.
        Qual aconteceu ao próprio Evangelho, a Doutrina que o revive nasce sem guerras de sangue e lágrimas...
        A fonte da Verdade e do Bem sulca o terreno moral do mundo, ao alcance de: 
  • ignorantes e sábios, 
  • felizes e infelizes, 
  • justos e injustos.
        Até ontem, à face da aventura política dominando tribunais e escolas, casernas e santuários, era de todo impraticável a experiência cristã na vida individual.
        Hoje, entretanto, com o avanço da ideia religiosa que nos cabe preservar nobre e livre, pela dignificação e excelência de nossa conduta, conseguimos empreender o nosso reencontro com Jesus, elegendo-o Mestre incomparável de nossos destinos, podendo reverenciá-lo cada dia em nosso próprio espírito, repetindo a antiga saudação dos primeiros seguidores da Boa-Nova — «Salve Cristo !» — não mais com o objetivo de empunhar, de imediato, a palma do martírio e da morte, mas, a fim de viver e servir com o nosso Mestre e Senhor para a eternidade. 

Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
Livro: "Vozes do Grande Além", página 111, por Espíritos diversos, pelo Médium Chico Xavier; 
Romeu L. Wagner, Belém, Pará.
 

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