Allan Kardec

Allan Kardec

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Fascinação


A fascinação é o processo de obsessão mais grave. É allan Kardec ainda quem assim se refere, falando dessa situação obsessiva:  "A tarefa de desobsessão se torna mais fácil quando o obsedado, compreendendo a sua situação, oferece o concurso da sua vontade e das suas preces. Dá-se o contrário quando, seduzido pelo obsessor.
          Na fascinação, existe um mecanismo de profunda ilusão instalada na mente enferma do paciente. Ele afeta as faculdades intelectuais, distorcendo o raciocínio, a capacidade de julgamento e a razão. O Espírito obsessor engana o doente explorando suas fraquezas morais, iludindo-o com falsas promessas.
          Um fascinado não admite que está obsediado. O defeito moral que provoca a fascinação é o orgulho. Infelizmente todos nós seres humanos ainda temos essa erva daninha na intimidade da alma. Bons valores mediúnicos já se perderam por causa da supervalorização que algumas pessoas deram ao seu amor próprio.
          Os Espíritos fascinadores são hipócritas. Não possuem qualquer receio de se enfeitar com nomes honrados e, mesmo assim, levarem suas vítimas a tomarem atitudes ridículas perante a coletividade.
          A fascinação é mais comum do que se pensa. Atualmente, atinge o Movimento Espírita como uma doença moral muito séria. É ela a responsável pela edição de livros anti-doutrinários e comprometedores existentes no mercado da literatura espírita em bom número. Essas obras são escritas por médiuns e escritores vaidosos, que sob o império da fascinação, não se dão conta do ridículo a que se submetem.
          Também é a fascinação a responsável por inúmeras condutas esdrúxulas observadas em centros espíritas, tais como a entoação de cânticos, utilização de roupas e paramentos nas sessões, uso de cromoterapia, transformação da tribuna em anedotário etc.
         Os intelectuais, embora instruídos, não estão livres da fascinação. Alguns desses indivíduos, por confiarem excessivamente no seu pretenso saber, tornaram-se instrumentos de Espíritos fascinadores e passaram a divulgar no Movimento Espírita conceitos anti-doutrinários nocivos à fé espírita.
          Allan Kardec alerta para outro grave perigo: o da fascinação de grupos espíritas. Iniciantes afoitos e inexperientes podem cair vítimas de Espíritos embusteiros que se comprazem em exercer domínio sob todos aqueles que lhes dão ouvidos, manifestando-se algumas vezes como guias e outras como Espíritos de outra natureza.
          A fascinação também pode cair sobre grupos experientes que se julguem maduros o suficiente para ficarem livres de sua danosa influência. O orgulho e o sentimento de superioridade é a porta larga para a entrada dos Espíritos fascinadores. Portanto, deve-se tomar todo o cuidado quando na direção de centros espíritas e das sessões de atividades mediúnicas. Os dirigentes são alvos preferidos dos Espíritos hipócritas que, dominando-os, podem mais facilmente dominar o grupo.

Fontes:
www.guia.heu.nom.br;
www.espírito.org.br, por José Queid Tufaile Huaixan;
Romeu L. Wagner, Belém, Pará.

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